quarta-feira, 5 de março de 2008

Por que a barriga ronca quando estamos com fome?

De onde vem aquele incômodo ronco que nossa barriga faz quando precisamos comer? O gastroenterologista Antônio Frederico Magalhães, da Faculdade de Medicina da Unicamp, em São Paulo, explica que a mistura de ar e líquido existente dentro do estômago provoca o barulho por causa de uma movimentação que ocorre em pequenos intervalos de tempo.
Segundo ele, quando uma pessoa está em jejum e o organismo percebe que está precisando de alimento, o próprio estômago começa a produzir mais ácido e pepsina - a enzima digestiva - que estimula contrações musculares denominadas de peristaltismo. "Estas contrações provocadas pelos movimentos peristálticos chacoalham o líquido e o ar, formando o ruído estranho, quando atravessa o abdômen", informou.
Para Magalhães, não são todas as pessoas que possuem os "roncos" e não há como definir quais tipos de indivíduos produzem o som. "São contrações fisiológicas e naturais que não significam que estamos doentes", afirmou.
As pessoas com o organismo mais sensível também podem produzir o barulho, assim como os indivíduos que não possuem uma alimentação saudável e comem alimentos gordurosos e artificiais.
"Quem tem uma alimentação mais adequada não produz o ruído com tanta regularidade", completou o professor.

Usar calcinha faz mal à saúde, dizem especialistas

Nos últimos tempos, várias celebridades apareceram em público sem vestir uma peça essencial no vestuário feminino: a calcinha. Juliana Paes, Adriane Galisteu, Flávia Alessandra e Britney Spears, por mais de uma vez, foram flagradas sem nenhuma "proteção" por debaixo de saias e vestidos. Mas porque será que elas aboliram a calcinha? Uma das explicações possíveis é aquele terrível medo de que a peça íntima marque a roupa, e assim, acabe de vez com todo o glamour do visual. Outras mulheres dizem que não a usam devido problemas de saúde. Saiba o que os especialistas dizem sobre o assunto.
O ginecologista José Bento afirma que calcinha realmente faz mal à saúde. Segundo o médico, a calcinha, principalmente as de materiais sintéticos e com forros muito grossos, impedem a ventilação do local e aquecem a região, o que acaba promovendo a proliferação de bactérias e fungos no aparelho genital e, consequentemente, o surgimento de infecções e corrimentos. Há ainda mulheres que são alérgicas a determinados tecidos, o que prejudica ainda mais a saúde do aparelho sexual.
"A saia não foi criada à toa", diz o dr. José Bento apoiando a atitude das famosas. "As mulheres realmente precisam arejar a região genital". Para ele, um hábito saudável é dormir sem calcinha. "Não há vantagem nenhuma em usar calcinha para dormir. Tudo é uma questão de costume".
Além de doenças sexuais, como a candidíase, o uso de determinados tipos de calcinhas podem provocar o aparecimento de varizes e celulite. Isso é o que afirma o ginecologista José Bento. Mas para que esses efeitos aparecerem, o elástico da região da virilha tem que estar muito apertado.
A coordenadora do Ambulatório de Sexualidade da Unifesp, a ginecologista Carolina Carvalho, é uma das defensoras do uso da calcinha. "Na minha opinião, essas mulheres que apareceram na mídia sem estarem usando calcinhas querem mesmo é aparecer". Segundo a médica, não há nada provado contra o uso da calcinha, "caso contrário a maioria das mulheres teria problemas".
"A calcinha é uma proteção, sem ela aumentaria muito o risco da mulher contrair uma infecção no local", ressalta Carolina. "Só recomendo ficar sem a peça para dormir. Outra atitude que pode ser tomada é trocá-la mais de uma vez por dia", completa.
Fonte:
Redação Terra
Leia esta notícia no original em: Terra - Vida e Saúde - Família - Sua saúde

http://saude.terra.com.br/interna/0,,OI1289577-EI1510,00.html

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Dica didática: passos para a eficiência do processo ensino-aprendizagem


1. Planeje a aula. Monte o plano de aula.
2. Prepare o ambiente com antecedência. Tenha à mão os meios auxiliares de ensino necessários; teste os recursos audiovisuais; organize a sala, a disposição das cadeiras e dos recursos; prepare material de apoio/consumo.
3. Sensibilize. Ative a motivação dos alunos; desperte o interesse; estimule atitude receptiva; enfatize a importância do conteúdo; apresente os objetivos da sessão de ensino; apresente a finalidade prática e os ganhos.
4. Oriente atitudes. Desperte atitudes necessárias à aula e à aprendizagem; solicite e promova atenção, concentração, flexibilidade, tolerância, paciência, compreensão, humildade, relacionamento interpessoal (a própria declaração de intenção do aluno é mobilizadora de recursos).
5. Oriente comportamentos e habilidades. Sugira formas de participação, estabeleça contratos.
6. Levante os conhecimentos prévios dos alunos acerca do conteúdo. Permita que os alunos relatem experiências.
7. Fale sobre o assunto. Recupere suas lembranças e conhecimentos relacionados; depois, especifique o que irá abordar; lance perguntas para discussão do conteúdo; faça brainstorm.
8. Promova a estruturação da representação do conhecimento. Distribua folhas com mapas mentais, esquemas, tabelas e diagramas do conteúdo a serem preenchidos com palavras-chave ou ilustrações.
9. Problematize. Gere perguntas abertas, fechadas, abrangentes e/ou específicas sobre o conteúdo; lance perguntas para discussão, para consulta em material de apoio, para raciocínio, memorização; solicite que os alunos elaborem perguntas que sejam respondidas pelos pares, individualmente ou em grupo.
10. Conduza a aula iterativamente. Passe várias vezes pelo mesmo assunto aumentando o nível de complexidade. Isso reduz ansiedades e revisa a aula.
11. Expresse intenções imediatas. Segmente a sessão em blocos/etapas e sempre que houver conclusão de assuntos, fale sobre a próxima seqüência. Oriente finalidades de exercícios e trabalhos.
12. Possibilite a aplicação dos conhecimentos. Possibilite repetição e o aumento de velocidade na prática.
13. Verifique o rendimento. Avalie o progresso de cada aluno. Reavalie a metodologia de ensino e a técnica de avaliação. Dê feedback positivo quanto às atitudes demonstradas pelos alunos.
14. Resuma.
15. Sensibilize para a aprendizagem continuada.
E ainda lembre-se de que é importante considerar, além do aspecto cognitivo, o afetivo e o psicomotor no desenvolvimento integral de cada aluno. Portanto, durante a sessão, possibilite momentos de:
- Pausas. Propicia reflexão, “absorção” do novo conteúdo, além de descanso mental. A pausa em final de informação é um dos maiores indicadores de naturalidade na comunicação. Ainda valoriza a informação transmitida e permite que os ouvintes reflitam sobre o que foi comunicado.
- Relaxamento de posturas. Possibilita soltar partes do corpo que estão tensas.


Fonte: Jornal Profissão Mestre

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

O professor que não acreditava em DEUS

Um professor ateu desafiou seus alunos com esta pergunta:
- Deus fez tudo que existe? Um estudante respondeu corajosamente:
- Sim, fez!- Deus fez tudo, mesmo? - Sim, professor - respondeu o jovem. O professor replicou:
- Se Deus fez todas as coisas, então Deus fez o mal, pois o mal existe, considerando-se que nossas ações são um reflexo de nós mesmos, então Deus é mal.O estudante calou-se diante de tal resposta e o professor, feliz, se vangloriava de haver provado uma vez mais que a Fé era um mito. Outro estudante levantou sua mão e disse: - Posso lhe fazer uma pergunta, professor?
- Sem dúvida, respondeu-lhe o professor. O jovem ficou de pé e perguntou: - Professor, o frio existe?
- Mas que pergunta é essa? Claro que existe, você por acaso nunca sentiu frio? O rapaz respondeu: - Na verdade, professor, o frio não existe. Segundo as leis da Física, o que consideramos frio, na realidade é ausência de calor. Todo corpo ou objeto pode ser estudado quando tem ou transmite energia, mas é o calor e não o frio que faz com que tal corpo tenha ou transmita energia. O zero absoluto é a ausência total e absoluta de calor, todos os corpos ficam inertes, incapazes de reagir, mas o frio não existe. Criamos esse termo para descrever como nos sentimos quando nos falta o calor.
- E a escuridão, existe? - continuou o estudante. O professor respondeu:
- Mas é claro que sim. O estudante respondeu:
- Novamente o senhor se engana, a escuridão tampouco existe. A escuridão é na verdade a ausência de luz. Podemos estudar a luz, mas a escuridão não. O prisma de Newton decompõe a luz branca nas varias cores de que se compõe, com seus diferentes comprimentos de onda. A escuridão não. Um simples raio de luz rasga as trevas e ilumina a superfície que a luz toca. Como se faz para determinar quão escuro está um determinado local do espaço? Apenas com base na quantidade de luz presente nesse local, não é mesmo? Escuridão é um termo que o homem criou para descrever o que acontece quando não há luz presente. Finalmente, o jovem estudante perguntou ao professor:
- Diga, professor, o mal existe? Ele respondeu:
- Claro que existe. Como eu disse no início da aula, vemos roubos, crimes e violência diariamente em todas as partes do mundo, essas coisas são o mal. Então o estudante respondeu:
- O mal não existe, professor, ou ao menos não existe por si só. O mal é simplesmente a ausência de Deus. É, como nos casos anteriores, um termo que o homem criou para descrever essa ausência de Deus. Deus não criou o mal. Não é como a Fé ou o Amor, que existem como existe a Luz e o Calor. O mal resulta de que a humanidade não tenha Deus presente em seus corações. É como o frio que surge quando não há calor, ou a escuridão que acontece quando não há luz.

DEUS EXISTE


Damico era dono de uma bem sucedida farmácia numa cidade do interior. Era um homem bastante inteligente, mas não acreditava na existência de Deus ou de qualquer outra coisa além do seu mundo material.
Certo dia, estava ele fechando a farmácia quando chegou uma criança aos prantos dizendo que sua mãe estava passando mal e que se ela não tomasse o remédio logo iria morrer.Muito nervoso e após insistência da criança, resolveu reabrir a farmácia para pegar o remédio. Sua insensibilidade perante aquele momento era tal que acabou pegando o remédio mesmo no escuro, entregou-o à criança, que agradeceu e saiu dali às pressas. Minutos depois, percebeu que havia entregado o remédio errado para criança e, se aquela mãe o tomasse, seria morte instantânea.
Desesperado, tentou alcançar a criança, mas não teve êxito. Gritou em desespero, e o tempo passava e nada acontecia.
Sem saber o que fazer e com a consciência pesada, ajoelhou-se e começou a chorar e dizer que se realmente existia um Deus que não o deixasse passar por assassino.O tempo passava e ele, de joelhos ficava pensando que a mulher poderia já estar morta e, certamente, ele teria de pagar por isso.
Refletiu sobre suas intemperança, sobre seu mau humor principalmente sobre sua insensatez. De repente, sentiu uma mão tocar-lhe o ombro esquerdo e ao virar deparou-se com acriança em prantos. Naquele momento ficou desconsolado. Mas tinha uma certeza: Deus, de fato, não existia.
Já podia imaginar o que estava para lhe acontecer. O choro e o olhar triste daquela criança lhe atravessava a alma. No entanto, como um lampejo de sabedoria, perguntou ao menino o que lhe havia acontecido. Então aquela criança começou a dizer: - "Senhor, por favor, não brigue comigo, mas é que caí e quebrei o vidro do remédio, dá pro senhor me dar outro?"
Deus existe e te conhece pelo teu nome. Ele sempre tem o melhor para você, por mais que as circunstâncias mostrem o contrário. Creia neste amor que é maior do que qualquer um dos seus problemas, mesmo que estes sejam grandes e de difícil resolução. Creia na vida melhor que Ele tem preparada para você! Creia neste amor!


Afogados da Ingazeira tem escritor

Se você curte literatura, poesia e coisas do gênero, saiba que Afogados da Ingazeira tem, entre outros, o jovem escritor Alessandro Palmeira, com três livros publicados com muito sucesso e outros que estão por vir. Acesse seu blog e veja a sua riqueza cultural. Vale a pena. O endereço é: http://alessandro-palmeira.blogspot.com

domingo, 17 de fevereiro de 2008

História de Professor - Uma reflexão

Sujeitinho detestável aquele tal de Bertoldo...
Desde o primeiro dia de aula, lá estava ele recostado no muro da velha escola, olhando fixo para mim, um jeito petulante, superior.
Era o meu primeiro ano como titular no cargo.
Naquele bloco de alunos problemáticos, o Bertoldo veio junto.
Magrinho, macilento, possuía uma enorme cicatriz que começava no canto do olho esquerdo e descia até o meio da cara. Por conta disso, ganhou uma expressão de deboche na fisionomia.
Ele não perdia uma aula. Dia após dia encontrava uma maneira nova de me provocar, gritando, assobiando, caindo da cadeira, tendo acessos de riso.
Meus livros eram constantemente escondidos por Bertoldo.
Apareciam sempre dias depois nos lugares mais estranhos.
Eu me desesperava, ora castigando, ora falando manso com aquele rapazinho horrível que colocava em risco minha vocação.
Filho de pai presidiário e mãe alcoólatra, Bertoldo rejeitava a família. Dizia-se órfão.
Quanto a mim, contava cada dia que passava, para que o ano logo terminasse e eu pudesse deixar aquela escola.
Certa tarde, ao ver meu velho carro riscado, chorei as lágrimas que vinha guardando há muito tempo. Bertoldo me olhava de longe. Seria tão cruel assim?
No final de Novembro, meu jovem inimigo desapareceu. Sumiu das aulas. Estranho... e gostei.
Alguém comentou que Bertoldo estava seriamente doente.
Procurei não pensar nele. Afinal estava trabalhando em paz.
Volta e meia, durante as aulas, eu batia os olhos na cadeira vazia no fundo da classe.
Por que Bertoldo não retornava? Teria alguém cuidando dele se não estivesse bem de saúde?
Já era Dezembro quando resolvi dar uma passadinha em sua casa.
A própria mãe me recebeu, dizendo frases meio sem sentido.
Por cima do ombro dela enxerguei o Bertoldo deitado, observando a cena. Seu rosto trazia agora apenas a marca do desamparo. Entendi que estava morrendo.
— É leucemia, fungou a mulher.
Caminhei até o garoto e tomei seus dedos finos em minhas mãos. Ele sorriu e sussurrou no meu ouvido:
— Professora, eu não toquei no seu carro. A senhora... é minha melhor amiga. Não me deixe sozinho.
Não consegui dizer uma palavra. Eu tinha muito o que aprender em minha vida de professora.
Após a morte de Bertoldo, ainda permaneci naquela escola por mais seis anos. Talvez amor e admiração vestissem roupagens tão variadas a ponto de me confundirem. Sentimentos... quem sou eu para entendê-los?


Fonte: Revista Cláudia, maio de 1998. Profª Waldizia Moniz, Escola Estadual Maria Rosa Barbosa – São Bernardo do Campo – SP.

UMA HORA SEM CELULAR

Proponho um desafio difícil: fique uma hora sem celular. Usuários do aparelhinho que os deixa ligados o tempo todo não estão prontos para tal sacrifício. Não vão querer desconectar-se, mesmo que seja por um período de apenas sessenta minutos. Exagero? Não. Muitos dos meus alunos são incapazes de tal gesto durante as aulas. Essa incapacidade vem sendo observada em cinemas, teatros, elevadores e até igrejas.
Dia quatro último, em sua coluna na Folha, Ruy Castro nota que dentro de um mês teremos um celular para cada dois habitantes da Terra. Ao dar tal notícia, Castro revela certo otimismo ao observar que "de cada duas pessoas no planeta, restará uma que não sente ânsias de comunicação o tempo todo, não aceita ficar disponível 24 horas por dia, e não corre o risco de constranger os artistas deixando seu aparelho tocar no meio da platéia do Teatro Municipal". Mais à frente, o autor confessa que tal otimismo não está bem fundamentado, pois, logo após o empate entre os com e os sem celular, os primeiros começarão a ser maioria, uma vez que o ingresso de celulares no mercado continuará a crescer.
A ânsia comunicativa dos usuários de celular é um fenômeno relativamente novo. Há uns vinte anos ninguém sentia falta de uma ligação contínua. Hoje muita gente sequer pensa em separar-se do aparelhinho por alguns instantes. O novo hábito é objeto de muitas histórias folclóricas. Mas a ênfase em episódios engraçados ou ridículos acaba escondendo o principal: os usos do celular em nossa sociedade desqualificaram muitas outras formas de comunicação humana. Isso tem implicações éticas e educacionais importantes. Quando dão preferência a uma chamada no celular durante um papo num café, amigos nossos reclassificam as relações de amizade.
Não vou examinar situações em que a prioridade concedida a chamadas do celular sinaliza mudanças de significado em encontros humanos. Para encerrar, vou apenas revelar algumas das situações que me deixam irritado por serem extremamente mal educadas:
Atender ao celular, num elevador cheio de gente, e conversar livremente com o parceiro ou a parceira sobre a "ficada" de ontem.
Falar baixinho ao celular durante uma aula, possivelmente achando que os sussurros comunicativos não vão perturbar professor e colegas.
Colocar o aparelhinho ligado em lugar de destaque sobre a mesa onde será servido o jantar num restaurante bem transado.
Usar o aparelhinho durante caminhada num parque nas primeiras horas da manhã.